À Descoberta de Miranda do Douro
 


Teixeira

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Miranda - Duas Igrejas - Águas Vivas - Palaçoulo - Atenor - Teixeira - Atenor- Sendim - Miranda do Douro
70 Km
25 de Março de 2006

Hoje o dia estava muito instável, com o céu coberto de nuvens e ameaçava chover. Não podia ficar em casa, tinha que ser merecedor dos calções de ciclista que ganhei no Dia do Pai. Saí passava pouco das onze da manhã, disposto a ir até onde fosse possível e com o “carro de apoio” disponível no caso de começar a chover. O objectivo era Atenor e Teixeira mas desconhecia completamente a estrada e as dificuldades que iria encontrar.

Durante as últimas semanas questionei alguns meus conhecidos sobre o melhor percurso mas não me foi indicado nenhum que se distinguisse. Optei por ir por Águas Vivas e Palaçoulo. Se chovesse, ficaria por Aguas Vivas.

A Primavera já chegou e logo em Cércio ouvi pela primeira vez o cuco e bandos de pintaroxos deambulavam pelos terrenos que parecem acordar de dois anos de sede.

O dia não estava muito convidativo para a fotografia mas foi fazendo algumas até chegar a Águas Vivas. Dei um passeio pelas ruas. A aldeia é grande e quando um habitante me deu as boas tardes, olhei as horas e parti rapidamente em direcção a Palaçoulo. Não deu para parar. Quando perguntei a uma senhora quantos quilómetros eram até Atenor a resposta deixou-me preocupado. – Não sei mas são muitos. Na realidade não são muitos mas não são nada fáceis.

Felizmente que o dia estava fresco e lá fui avançando, pouco a pouco, até Atenor. Não quis perder a oportunidade de ir a Teixeira mas parecia-me tão distante… já via ali perto o castelo de Algoso. O dia melhorou e aproveitei para comer o meu “almoço”, em duas rodas, como os verdadeiros profissionais.

Teixeira é pequeno. As ruas estão esburacadas há cerca de um ano, por cauda obras para o saneamento básico e possivelmente assim se vão manter até novas eleições. A escola é grande e recente, mas não funciona já há alguns anos. A igreja tem frescos pintados na parede que são talvez a maior atracão de Teixeira. Dei um passeio pela aldeia e fiquei surpreendido com as infra-estruturas que encontrei: uma boa sede da Associação, um campo de futebol, jardins e tanques cobertos para lavar a roupa. Encontrei um residente que procurou meter conversa. Foi-me dizendo que há no lugar perto de 25 pessoas. Contou as suas mágoas de idoso e falou bem da sua terra. Tive que interromper a conversa, a estrada esperava-me.

À saída de Teixeira acabou-se-me a segunda bateria da máquina digital o que fez com que já não pudesse registar o resto do percurso.

Quando cheguei a Atenor dei uma pequena volta pela aldeia e aproveitei para tomar um café. A senhora que me atendeu alegrou-me: - Daqui a Miranda é um “saltinho”, dantes ia-se lá a pé por um caminho que passavam por Fonte Ladrão, Duas Igrejas e Cércio. O salto (mais longo que o esperado) foi até Sendim e depois, já com o horário apertado, parti em direcção a Miranda. Cheguei às seis da tarde, muito cansado e com muito, muito apetite.

Aníbal Gonçalves

               Ligações Externas
  C. M. de Miranda do Douro - Atenor
  Atenor

(clicar na lupa ao lado das fotografias para as ver em tamanho maior)


Teixeira vista ao looonge


O Castelo de Algoso aqui tão perto


A igreja de Teixeira


Vista parcial da aldeia do campanário


Conjunto de pombais com Algoso ao longe


Tranquilidade e paz


Simpático habitante


Pinturas na parede da igreja

 

25Mar.2006