No fim-de-semana
anterior não houve passeios de bicicleta. Uma aventura
em moto pelas encostas do sabor deixaram algumas mazelas
no meu físico e necessitei de algum tempo para me
recuperar. Avizinha-se um fim-de-semana em cheio e tenho
de cuidar a minha forma. Ontem, 30 de Maio saí ao fim da
tarde para um pequeno passeio.
Em conversas que tive soube
da Lagoa Grande e da estrada que se está a fazer entre
Duas Igrejas e Malhadas, passando pela Quinta do
Cordeiro. Parecia-ma arriscado meter-me por caminhos
desconhecidos e já ao fim do dia, mas, o gosto pela
aventura foi mais forte e pedalei rapidamente até ao
cruzamento para o Nazo, quem vai para Vimioso.
Virei à esquerda, por uma
estrada de terra batida, acabada de abrir. Com receio
fui avançando. O passeio não estava a ser tão agradável
como o previsto. A bicicleta andava com dificuldade
porque se enterrava na terra da estrada recém mexida.
Muito vento, muito pó poucos motivos para fotografias.
Passei por duas lagoas que não me pareceram grandes.
Ganhei coragem e pedalei com mais força até vislumbrar
umas casas que desconfiei serem a Quinta do Cordeiro, e
eram mesmo.
Bebi água e procurei algo em
que pousar a objectiva. Acabei por ir parar à capela.
Três senhoras arrumavam o interior da capela. Pelos
vistos tinha havido festa recentemente. Ouvi um pouco da
história de S. Isidro Lavrador, acompanhado por dois
bois e um anjo que lavram a terra com um arado.
Desci ao ribeiro, voltei ao
centro e parti em direcção a Duas Igrejas.
O fresco já se fazia sentir
e sol aconchegava-se no horizonte. Apesar das cores
doces da Sé e do Castelo ao chegar a Miranda do Douro, a
máquina fotográfica por mais perfeita que seja está
muito distante da máquina fantástica que são os nossos
olhos.
Foi um passeio curto e
rápido (entre as 17:30 e as 20:00).
Descobri mais alguns
caminhos de Miranda do Douro…
Aníbal
Gonçalves