Se pensavam que os
passeios de bicicleta tinham terminado,
enganaram-se. Terminou mais um ano lectivo e houve
uma ligeira sobrecarga de ocupação do tempo. Desde o
último passeio dia 10 de Junho a Atenor, houve ainda
tempo para o Rafael passar um dia na N.ª S.ª da
Assunção, em Vilas Boas e toda a família passou um
divertido Domingo (25 de Junho), em companhia de
mais de 30 pessoas, que culminou com a descida em
“comboio” de Mirandela ao Tua.
Temos a somar a isto, o
stress do Mundial de futebol e a preparação
psicologia que estamos a fazer, para, no próximo ano
lectivo, partirmos à descoberta de outros horizontes
que não do Planalto Mirandês.
Toda esta ocupação não
melhorou a minha forma física nem a do Rafael pelo
que o passeio de hoje não podia ser longo. A escolha
recaiu na Freixiosa. Já conhecíamos o miradouro para
o Douro e partimos com esse destino.
As primeiras pedaladas,
depois das 16 horas, não foram muito agradáveis.
Havia que recuperar o ritmo. Passámos Cércio sem
grande dificuldade mas há mesmo ali duas subidas que
nos fizeram abrandar. Aproveitei para algumas
experiências fotográficas. Hoje decidi levar um
polarizador, filtro muito usado na fotografia
analógica, mas que nunca tinha testado em fotografia
digital.
A beleza do verde dos
campos desapareceu há já algum tempo. Tentei
explorar os tons da terra, das searas, o azul do
céu, o verde dos zimbros, das videiras e das
oliveiras.
Chegados à Freixiosa,
descemos a aldeia e continuamos em direcção ao
Miradouro. Estivemos aí sentados quase uma hora. A
paisagem é magnífica e o silêncio apenas era
preenchido pelo “canto” das cigarras. A hora do dia
e os contrastes de zonas de sol com zonas de sombra,
não permitiram muita criatividade nas fotografias,
já tinha tido este problema no Castro de Vale de
Águia.
Subimos à Freixiosa.
Comemos algumas amoras na amoreira junto à igreja.
Ficámos todos tingidos na língua, nas mãos e na
roupa. Acho que estas nódoas não saem da roupa,
vamos ter “problemas”.
O regresso a casa foi em
ritmo de passeio. O Rafael já se sentia bastante
desgastado e com um grande apetite. Chegámos a
Miranda por volta das 20 horas. A Sé ainda se
mostrava destacada no meio da cidadela de casas
rasteiras. Mais alguns disparos e terminámos o
passeio.
Aníbal Gonçalves