À Descoberta de Miranda do Douro
 


Especiosa

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Miranda - Malhadas - Póvoa - Picão - Sra do Naso - Especiosa - Sra do Naso- Malhadas - Miranda do Douro
37 Km
22 de Janeiro de 2006

    O último passeio foi a 15 de Outubro, já lá vão 3 meses. Já percorremos muito do concelho mas faltava um passeio à Especiosa. A partida foi tardia e cruzei-me com três ciclistas que já estavam de regresso a Miranda depois do seu já habitual passeio domingueiro.
    Tive uma breve passagem por Malhadas onde fiz uma pausa pois pensei ter visto um ferrador em acção. Afinal, o senhor não sabia ferrar animais, mas estava a aparar os cascos a duas burras de raça mirandesa.
     Verifiquei com contentamento que a estrada Malhadas - Póvoa estava com piso novo. Da última vez que por aí andei (passeio  a Ifanes 19 de Janeiro de 2005) achei-a a pior estrada do concelho.
    Na Póvoa o movimento era pouco, apenas me cruzei com 2 pessoas. Visitei a escola que ainda tem a data escrita no quadro e o tradicional e recentemente polémico crucifixo por cima. Os vidros das janelas estão partidos e o abandono é completo. Passei junto à Associação que anda em obras, pelo menos no exterior. Parti em direcção ao Santuário do Nazo. Hesitei sobre a ida ao Pição. Com certeza haveria lama no caminho. De facto havia. Foi mais cansativo do que pedalar em estrada mas valeu a pena. Deu gosto ver tanta água a deslizar calmamente pelos lameiros.
   Quando voltei à estrada em direcção ao Nazo, as minhas pernas deram sinais de fadiga mas decidi ignorá-las. Já fiz o caminho Póvoa- Nazo várias vezes a pé, desta vez a estrada pareceu-me mais a subir. No santuário, a capela estava aberta. Também é habitual encontrar aí (noutros passeios)algumas senhoras que dela cuidam.
   Desci à Especiosa. Desconhecia totalmente esta aldeia. Não difere muito das restantes mas as ruas estão pavimentadas, limpas e o passeio foi agradável. Fez-me lembrar de Genísio. Entrei na igreja, subi ao campanário e segui viagem. Havia um grupo de pessoas que me olharam com curiosidade em frente a uma casa onde deveria  estar a funcionar uma mesa de voto para as eleições presidenciais. Continuei e passei pela escola. Tenho sempre a preocupação de visitar as escolas. É um edifício pré-fabricado, em muito mau estado, que teima em se manter de pé. É semelhante à escola de Ifanes. No recinto escolar, algumas plantas teimam ainda em dar flor mas a imagem é triste.
   Parti em direcção ao Nazo. Já passava da uma hora da tarde e já se agradecia qualquer coisa no estômago mas faltava percorrer todo o caminho de volta.

    No Nazo tomei um café e dei dois dedos de conversa com um idoso simpático ao qual fiz algumas perguntas sobre o Santuário e sobre o Picão. Tive pena de não poder ficar mais tempo na conversa.
   Gosto muito de percorrer a estrada que vai do Nazo à Nacional 218 que liga Malhadas a Vimioso. Estava sol, mas não havia nuvens o que proporcionava um céu bastante vazio e pouco fotogénico. Claro que fiz o caminho muito lentamente (as pernas não davam para mais).
    Cheguei a Miranda depois das duas. O almoço já estava frio, mas, como sempre, foi um passeio muito agradável.

Aníbal Gonçalves

(clicar na lupa ao lado das fotografias para as ver em tamanho maior)


A tratar dos animais em Malhadas

 
Ribeiro junto às ruínas do Picão


Vista parcial da Especiosa


Largo junto à igrejas


Largo junto à igrejas


Pormenor numa casa em ruínas


Cruzeiro no centro da aldeia


Parque de merendas