À Descoberta de Miranda do Douro


Atenor

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Miranda do Douro - Duas Igrejas -
Fonte de Aldeia - Prado Gatão
- Sendim - Fonte de Aldeia - Duas Igrejas -
Miranda do Douro
38 Km
10 de Junho de 2006

Este dia de Portugal não amanheceu com muito boa cara. Um vento fresco com bastantes nuvens que foram dissipando ao longo da tarde.

Parti por volta das 10 e o objectivo era Atenor. Na minha passagem por esta aldeia em 25 de Março já se tinha esgotado a bateria da máquina fotográfica e, apesar de ter dado um passeio pela aldeia, não fiz os registos fotográficos que pretendia.

É um quebra-cabeças descobrir o melhor percurso para Atenor. Sendim, Palaçoulo ou Prado Gatão? Decidi arriscar Prado Gatão.

Logo à saída de Miranda fiz a primeira paragem. O calor do sol já fez o seu efeito e o manto floral que cobria grande parte das encostas deu lugar a um manto de ervas secas predominando agora os tons pastel. Depois de fotografar tudo o que havia para fotografar ao longo do Inverno e da Primavera, já tudo está diferente e apetece fotografar de novo.

Ao chegar a Fonte d’Aldeia o céu atingiu o pico da sua beleza. Um azul escuro contrastando com as nuvens muito brancas. Perdi alguns (muitos) minutos procurando enquadramentos interessantes contrariando os largos horizontes que aí existem.

Por sorte passei junto à igreja. A porta estava aberta e decidi entrar. Enfeitavam-se os andores para a festa do dia seguinte, à Santíssima Trindade. Fui convidado a voltar no dia seguinte. Já ouvi as histórias dos ajustes de contas que se faziam entre as gentes de Palaçoulo e de Prado Gatão, por altura desta Festa. Há pouco tempo tive o prazer de estar junto da capela e o ambiente é muito agradável mas talvez não em dia de festa.

Pedalei até Prado Gatão. Entrei no café e pedi informações sobre possíveis caminhos que me levassem a Atenor. Havia vários caminhos mas nenhum mereceu a unanimidade dos presentes. Parti seguindo as indicações, mas, algures a meio do percurso, o caminho desapareceu. Via ao longe Atenor numa direcção e Prado Gatão noutra. Felizmente o mato não era muito abundante. Depois de atravessar alguns terrenos encontrei um lavrado de fresco, de onde partia um caminho que decidi seguir. A opção resultou. Pouco tempo depois estava numa ponde recente que atravessa um ribeiro, antes de chegar a Atenor.

Já conhecia a aldeia. Fui à Associação onde comprei uma garrafa de água fresca. Depois, andei mais um pouco para ver uma capela e um pasto onde a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino guarda alguns burros de raça mirandesa.

Desci até á igreja e pus-me a comer o lanche, calmamente sentado num branco, à sobra de um chorão. Alie perto está um ninho de cegonha já com os filhotes bastante crescidos.

Depois de saciar a fome e a sede subi ao campanário, desci e entrei na igreja. É pequena mas muito bonita. Os dourados contrastam com cores vivas. No altar principal a cor ouro e azul fazem um conjunto harmonioso. Em todos os altares havia flores naturais de muitas formas e cores.

Percorri mais algumas ruas. Um tanque que estava mais ou menos no centro da aldeia aquando da minha primeira visita tinha sido removido.

Saí em direcção a Sendim. A vista da aldeia, para quem se vai afastando, é muito agradável mas o céu já não estava muito fotogénico. Mesmo assim, tirei bastantes fotografias.

Cheguei a Sendim bastante descansado. Depois de um curto passeio, mais uma passagem por Fonte d’Aldeia. Já se montava o conjunto para uma arraial animado. A minha entrada na Associação chamou a atenção sem eu perceber porquê. Quando cheguei a casa descobri a razão. O sol de Junho queima. Tudo o que não estava protegido, cara, braços e pernas, ostentavam a cor do camarão. Nas próximas saídas terei que ter muito mais cuidado com o sol.

 

Aníbal Gonçalves

 

(clicar na lupa ao lado das fotografias
para as ver em tamanho maior)


Já se vê ao longe...


Alminhas


Capela


Associação (na Escola Primária)


Rua de Atenor


Ninho de cegonha perto da igreja


Vista desde o campanário


Altar principal da igreja de Atenor


Hortas com a aldeia ao fundo


Já se vê de novo ao longe...

 

11 Junho 2006