Hoje dia 6, e amanhã dia 7 de Maio, é a festa de
S. João das Arribas em Aldeia Nova. Foi também essa a
razão que me levou a fazer mais uma visita a esta
aldeia.
O Rafael estava ocupado
e tive que ir sozinho. Decidi seguir por um caminho
de terra batida, que sabia que partia da Terronha em
direcção a Vale de Águia. Já tinha ouvido falar da beleza
desse percurso e tinha muita curiosidade. Depois de
percorrer todas as estradas tenho alguma vontade de
praticar um pouco de BTT, para conhecer melhor
Miranda do Douro e porque a minha forma física já
permite muito mais do que o que permitia quando
comecei com estes passeios.
Logo à saída de Miranda
ultrapassei um grupo de de mais de 50 adolescentes
que se aventuraram pelo mesmo caminho.
Desviei-me um pouco, à procura de uma boa
visão de Miranda do
Douro. Era um ângulo que nunca tinha explorado e que
tinha muita vontade de testar. Vivi durante 4 anos
no Bairro da Terronha e sempre tive vontade de ir
àquele alto. Depois de algumas fotografias, (nada de
excepcional), tive que voltar ao percurso com os
estudantes de novo a cederem-me a passagem.
Logo ali, à saída de
Miranda, concluí que não me ia arrepender. O dia
estava lindo, a vegetação cheia de vida e só ansiava
em encontrar um ponto de onde pudesse avistar o Rio. Há 3 locais de onde se vê o Rio, um deles é
do Castro de
Vale de Águia. Em cada um deles disparei sem parar
na vertical, na horizontal, com zoom e sem ele.
Grande entusiasmo, mas havia muito para percorrer.
Passei por Vale de Águia sem grandes paragens e
cheguei rapidamente a Aldeia Nova. Pensei já
encontrar grande movimentação por causa da festa, mas
enganei-me. Desci para o castro do S. João das
Arribas e fiquei contente por apenas se encontrar aí
um automóvel. Quem procura o S. João das Arribas não
procura propriamente multidões. Um grupo de senhoras
acabava de colocar flores no altar e, com vaidade,
facultaram-me a entrada na sua linda capela, o que eu
agradeci.
Deambulei pelo monte
para trás e para a frente hipnotizado com tanta
beleza. Neste local a paisagem é sempre magnifica
mas no mês de Maio ainda o é mais. Deitei-me no
chão. procurei uma visão do rio com flores em
primeiro plano, mas a focagem é um problema. Tive
saudades da minha reflex Canon.
Depois de mais de um
cento de fotografias subi a encosta até Aldeia Nova.
Dei um passeio pela aldeia e aproveitei para dois
dedos de conversa com um grupo de idosas que
aproveitavam o sol.
Começaram a chegar os
estudantes do grupo que tinha ultrapassado em
Miranda. Pareciam cansados, mas depois de uma água
fresca no café, partiram em direcção ao S. João das
Arribas.
Eu parti para Vale de Águia
onde conversei com uma idosa que fiava lã no centro
da aldeia. Entrei de novo no caminho em direcção a
Miranda. Parei junto a um moinho reconstruído mas
estava fechado. Aproveitei para tirar algumas
fotografias do que foi possível.
No regresso fiz as mesmas paragens,
mas o sol já tinha rodado e a luz começava a
escassear. Mesmo assim acho que consegui imagens
muito boas que mostrarei noutra ocasião.
Cheguei a Miranda
completamente descansado e contente com o percurso
escolhido. Foram mais de quatro horas de pura
diversão. Só faltou a companhia do Rafael para a
tarde ser completa.
Aníbal Gonçalves
Já tinha estado em
Aldeia Nova em mais dois passeios de bicicleta: no
dia 1 de Outubro de 2005 e no dia 4 de Fevereiro de
2006. Algumas fotografias são dessas visitas.